A chegada do verão é sinónimo de mergulhos refrescantes, mas devido à escassez de chuva e aos níveis muito baixos nas barragens portuguesas, este ano pode ser ligeiramente diferente.

Com um mês de abril e um início do mês de maio, extremamente quentes e secos, a Europa enfrenta uma situação de seca extrema, o que levou a alguns países, em situações mais preocupantes, a tomar medidas que influenciam o setor das piscinas.

Na Europa…

Em França, a partir do dia 10 de maio, nos territórios mais afetados, foram proibidos o enchimento de piscinas e a venda de piscinas de jardim. Ao mesmo tempo, entraram em vigor interdições à rega de jardins e lavagem de carros.

Em Espanha, a principal preocupação entre profissionais do setor e clientes, é ter a piscina pronta antes de alguma ação do Governo.

Na comunidade de Madrid, anteciparam a abertura das piscinas municipais, como forma de enfrentar a onda de calor que se prevê, pois estas são consideradas essenciais para o bem-estar e para a saúde pública da região. No entanto, a Ministra da Transição Ecológica espanhola, afirma que estão perante uma situação muito preocupante e não descarta a possibilidade de aplicar medidas extraordinárias nas zonas mais afetadas.

Em Portugal…

No passado dia 8 de maio, o Governo declarou estado de seca extrema em 40% do território nacional, afetando, principalmente, o sul do país. A Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, criada em 2017, tem estado reunida, no âmbito de acompanhar o desenvolvimento da situação e apresentar algumas medidas preventivas, de forma a garantir as necessidades básicas da população.

As primeiras medidas anunciadas, são referentes ao setor da agricultura, um dos mais afetados, especialmente, na região sul do país.

Para o setor das piscinas…

Até ao momento, não se antevê quaisquer restrições, em Portugal, ao contrário do que se tem verificado noutros países da Europa.

Devido ao mercado de menores dimensões, estimamos que o setor das piscinas, em Portugal, represente um valor relativamente baixo, no que toca ao consumo de água, o que não justificará a imposição de medidas tão restritivas.

Ainda assim, a APP, vai continuar a monitorizar a evolução da situação, uma vez que acreditamos que as piscinas sejam um refúgio climático, muito importante para a população, no combate a ondas de calor.